sábado, 15 de dezembro de 2007

“Parado entre dois pontos”



“Parado entre dois pontos”


Os armários guardam pó.
O pó mostra o tempo.
O travado e o lento.

Estagnado como se entalado num vazio.
De um lado uma margem
De um lado uma margem
Pra frente um mar
perdido da vista de tanto rio.

E se remói, e se retorce...
E se escorre, e se escorrega.
E se corrói, mas não corre.

Estagnado como se entalado num vazio.
De um lado uma calçada
De um lado uma calçada
Pra frente uma calma(ria)
Ou seria isso a sete passos mil?

E se destrói, e desconstrói...
E se escanifra, e se escapa.
E se acaba, e acaba!

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