quarta-feira, 15 de junho de 2016

"É-di-Tais... não é de Todos"

"É-di-Tais... não é de Todos"


Se Liberdade é pouco e o que desejo não tem nome,
imagina falar que quero algumas poucas verbas de um ou outro Edital?
Imagina falar que quero que existam outros Editais? Isso ainda é pouco. São migalhas! (É o que tem pra hoje?)
Quero que as verbas públicas (toda uma riqueza da nação), gerada pelas trabalhadoras e trabalhadores de nosso plurinacional país, parem de ser usadas e abusadas e exploradas para fins privados - para “interessismos” particulares - por meio de "leis de incentivo" que mais incentivam os mestres da propaganda, do marketing e da publicidade de grandes empresas do que os mestres da cultura popular, mestres das artes tradicionais, e etc...
Quero que as verbas públicas sejam para priorizar as famílias tradicionais de circo, agricultura familiar, e não os parentes de juízes, de políticos, de banqueiros, e etc... Quero que dentre as prioridades esteja a distribuição de renda, a superação das desigualdades, mas que não banque os banqueiros, que não aumente a margem de lucro da safra do agronegócio, que não sirva de especulação para acionistas de bolsas de valores em Nova York lucrarem com nossas águas.
Não dá mais! Tem que taxar as grandes fortunas! Num mundo onde tem tanta gente morrendo de pobreza, de miséria, de fome, é praticamente “crime” ser tão tão rico... E basta! Tem que ter fim ao financiamento empresarial de candidaturas e partidos!
Quero que as verbas públicas não sejam para pagar a dívida externa, mas que sim se pague logo as dívidas históricas com o povo trabalhador, explorado, oprimido, excluído e rejeitado - principalmente o povo afro, povo negro, povos indígenas. E ainda há muito machismo que enfeia por demais esse nosso tão belo Brasil!
Quanta cultura rica e bela há no povo. Quem produz Cultura, quem faz Cultura é o povo. Faz isso na sua existência e resistência e re-existência cotidiana. Edital não cabe e não é da cultura do povo... "Leis de incentivo" menos ainda!
Ando sabendo que o que quero não é algo individual e pessoal, não sou só eu.
E não abandonamos o desejar por uma Liberdade (e algo mais que não tem nome), mas talvez o que queiramos seja ainda um passo anterior: Independência.

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