sábado, 21 de fevereiro de 2009

“Flores e Cheiros – o Tempo e o Vento”


“Flores e Cheiros – o Tempo e o Vento”


Uma flor sente o cheiro de outra flor.
Conhece e reconhece seus jeitos.
Sabe seus estímulos e entende e compreende as ações e reações.
Tem os seus motivos.

te vejo,
te olho,
te observo,

Não te analiso.
Não te estudo.
Eu te contemplo,
Cada vez mais...
Mais com o tempo.

o Tempo?

Palavra abstrata mesmo quando se teoriza.
Então sinta o cheiro do tempo,
e me diga que cor o sabor tem.
Sinestesiar é amar o amor...
É poetizar a poesia,
o poeta e a poetiza.

Flor dos olhos índigos,
estou sentido seus cheiros.
Também sou flor.
Hoje sou outra flor.

Precisei de algo impreciso
como a distância
para entender e reconhecer meu jeitos.
Saber meus estímulos e entender e compreender minhas ações e reações.
Tenho meus motivos.

Precisei de distância,
para ver do alto que eu não tenho como fugir de mim.
Não quero te fugir de mim.

Senti nossos cheiros.

Mas para onde o bater de asas de uma borboleta vai voar?
Não sabemos
(ou até sabemos).
Mas o importante é que ela esta no ar a voar.

Assim como o cheiro...

e o Vento!

Um comentário:

Anônimo disse...

hoje mesmo me peguei escrevendo:
"que cor teria a saudade? que forma?
Sabor eu sei que tem..."
cheirei essa cor, tive fome desse poema, provei suas palavras.\
sinestesio um olhar `a distancia. me sinto perto... a uma borboleta de distancia. saudade.
esse poema roubou o lugar do canguru.